Cinema e mulheres: Branca de Neve + Fabulário

, 27 janeiro 21h30 entrada livre

Branca de Neve [75']
de João César Monteiro (2000)

Baseado no livro homónimo de Robert Walser. Se Mitry, Michel Chion e Robert Bresson nos disseram que nunca houve um cinema mudo, mas que fora um cinema surdo, se as imagens expostas nos nossos ecrãs são matéria para os nossos desejos, ainda que fossem desejos mesmo nossos! 

Branca de Neve inscreve-se na história do cinema português como um ponto de fuga a toda a produção maniqueísta e previsível de imagens poluentes. Na miragem ensurdecedora das imagens contaminadas e contaminantes, João César Monteiro expõe a liberdade total do autor e dá-nos matéria para reflectir sobre o cinema da cegueira generalizada, i.e., um cinema cego. 

Silenciar as imagens, sufocar as sua fixação cacofónica com a Palavra do Poeta é matéria para a imaginação e reflexão colectiva. Será o que nos ensina Branca de Neve?













FABULÁRIO [4']
de Ana Kennerly (2013) 

Baseado num texto intitulado Fábula, de Fernando Pessoa.

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