Palavras ao Alto : "O Banqueiro Anarquista"

3ª, 5 novembro 21h30 entrada livre

Mais um Palavras ao Alto com a  distribuição de mais sensações resultantes da leitura a várias vozes.


O banqueiro anarquista de Fernando Pessoa foi publicado em 1922, na revista Contemporânea. Trata-se de uma narrativa curta de ficção. O texto é frequentemente considerado como menor e pouco citado, nem costuma aparecer nas obras completas do autor. É uma obra paradoxal por ser simultaneamente lógica e absurda, conformista e subversiva, de uma ingenuidade lúcida e de uma lucidez ingénua.

Numa conversa de café, um banqueiro explica como é um "verdadeiro" anarquista:

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                                     (...) 
 - É verdade: disseram-me há dias que você em tempos foi anarquista...
 - Fui, não: fui e sou. Não mudei a esse respeito. Sou anarquista. 
                                     (...) 
Puxou fumo; fez uma leve pausa; recomeçou. 
 - O mal verdadeiro, o único mal, são as convenções e as ficções sociais, que se sobrepõem às realidades naturais -- tudo, desde a família ao dinheiro, desde a religião ao estado.
                                     (...) 

Uma provocação literária entre ideologia e ficção para as leituras partilhadas na Casa Viva.

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