nem tecnofilias, nem tecnofobias...

sábado, 14 abril, a partir das 17h00

Rádio CasaViva 100 anos depois do naufrágio do Titanic

1889: Morgan Robertson, escritor americano (1861-1915) publicou um romance chamado "Futilidade" sobre um transatlântico, Titan, que se afundou na sua viagem inaugural, depois de bater num iceberg.

1912: O "insubmergível" Titanic fez realidade da ficção. Quantas verdades não estarão escondidas ou serão antecipadas em livros perdidos, escritos por escritores invisíveis...

1957: A Sputnik II, pesando 543,5 kg, enviou o primeiro ser vivo ao espaço, a cadela Laika. Dados biológicos do animal foram monitorizados durante uma semana. A versão da época dizia que a cadela teria morrido uma semana depois por falta de oxigénio, conforme comunicado pelo Governo Soviético. Anos mais tarde, no entanto, os cientistas revelaram que morreu poucas horas depois do lançamento, em pânico, devido ao super-aquecimento da cabine. Requiem por ti, Laika.

1984: Richard Stallman, então funcionário do laboratório de inteligência artificial do (AI lab) MIT, deixou o seu emprego e começou a trabalhar no projecto GNU. Stallman gostava de partilhar os seus interesses tecnológicos, conhecimentos e código, algo incompatível com seu ambiente de trabalho no MIT. É criado então um mecanismo legal a fim de garantir que, além daqueles que receberiam os programas directamente do projeto GNU, todos os demais pudessem desfrutar dos direitos de copiar, redistribuir e modificar o software, com a obrigação de manter os mesmos direitos para todas as pessoas após modificações (licença GPL). A partir desse momento a comunidade de software livre e copyleft começa a crescer viricamente, defendendo um modelo bazar-horizontal e reticular de desenvolvimento, a reapropiação dos meios de produção e a criação de um modelo económico no sector imaterial, baseado na economia de recursos crescentes (uma ideia aumenta de valor quando é partilhada).

Nem tecnofilias, nem tecnofobias. Só ferramentas para construir um mundo com menos produção material de elevado impacto ecológico e exponencial produção imaterial de um grande cérebro colectivo num corpo social sem órgãos.

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